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terça-feira, 3 de agosto de 2010

OS HOMENS QUE ENCARAVAM CABRAS


Ficha Técnica

Título Original:The Men Who Stare at Goats
Gênero:Comédia
Duração:94 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.themenwhostareatgoatsmovie.com
Estúdio:BBC Films / Smoke House / Westgate Flm Services / Winchester Capital Partners
Distribuidora:Overture Films (EUA) / Columbia Pictures do Brasil
Direção: Grant Heslov
Roteiro:Pete Straughan, baseado em livro de Jim Ronson
Produção:Grant Heslov, George Clooney e Paul Lister
Música:Rolfe Kent
Fotografia:Robert Elswit
Direção De Arte:Peter Borck
Figurino:Louise Frogley
Edição:Tatiana S. Riegel
Efeitos Especiais:CIS Hollywood / Hirota Paint Industries


Elenco

George Clooney (Lyn Cassady)
Ewan McGregor (Bob Wilton)
Jeff Bridges (Bill Django)
Kevin Spacey (Larry Hooper)
Stephan Lang (General Dean Hopgood)
Robert Patrick (Todd Nixon)
Waleed Zuaiter (Mahmud Daash)
Stephen Root (Gus Lacey)
Glenn Morshower (Major Holtz)
Nick Offerman (Scotty Mercer)
Tim Griffin (Tim Kootz)
Rebecca Mader (Debora Wilton)
Jacob Browne (Tenente Boone)
Todd La Tourrette (Dave)
Brad Gunberg (Ron)
Elsa Villafane (Mãe de Gus)


Sinopse

Bob Wilton (Ewan McGregor) é um jornalista que foi abandonado por sua esposa, Debora (Rebecca Mader). Para se recuperar do divórcio, ele aceita a tarefa de cobrir a guerra no Iraque. Ele permanece em um hotel no Kuwait, já que não consegue autorização para entrar no Iraque. Um dia, no bar do hotel, Bob conhece Lyn Cassady (George Clooney), que diz ser um vendedor. Ao saber seu nome Bob logo se lembra de uma entrevista que fez, meses antes, com Gus Lacey (Stephen Root). Gus dizia que conseguia matar animais apenas com o poder da mente, ao encará-lo. Ele ganhou esta habilidade ao integrar um setor especial do exército americano dedicado a estudos psíquicos, liderado por Bill Django (Jeff Bridges) e que tinha Cassady como seu principal pupilo. Bob conta o que sabe a Cassady, que lhe confirma a história. Ele na verdade está no Kuwait em uma missão secreta e precisa entrar escondido no Iraque. Animado com o furo, Bob o convence a ir junto. É o início de uma trajetória que fará com que Bob conheça melhor o Exército de Terra Nova e os poderes de seus integrantes.



CRÍTICA


Interessante e pouco comum comédia dirigida pelo desconhecido (pelo menos para mim) Grant Heslov, que mistura elementos hippies com guerra e paranormalidade, o que analisando em primeiro momento, se mostrariam como coisas que por si só seriam antagônicas. O resultado disso é um filme leve, dinâmico, com boas alternativas, e que mesmo se tornando um pouco monótono em algumas partes, foge do senso comum e dos métodos que o gênero da comédia andou adquirindo nos últimos anos.

O filme parte da idéia de um esquadrão, ou para dizer melhor, de um batalhão do exército, que segue basicamente o Paz e Amor clássico dos hippies, e que encontra no poder da mente o modo correto e mais eficiente de colaborar na guerra; ou seja, soldados que não usam aramas, apenas a mente e que recebem o nome de ... adivinha só... Jedis, uma referência clara e direta a saga Star Wars.

O grande barato da fita é exatamente sua originalidade. Você pode até não gostar do filme, mas que vai concordar comigo que o negócio é espontâneo e incomum, isso com certeza vai. Além disso, o filme em nenhum momento (com exceção do final, e mesmo assim de forma que pode gerar várias interpretações), toma um partido, e o espectador fica sempre com a dúvida em sua cabeça sobre a veracidade ou falsidade das histórias e situações ocorridas; em outras palavras, não dá muito para saber se esse esquadrão realmente faz o que faz, ou se apenas coisa da mente de seus membros.

Vale destaque também, o elenco extremamente competente e afiado (incluindo a [s] cabras), que vai desde um George Clooney extremamente velho devido ao efeito da maquiagem, passa por um bom e competente McGregor (O Obi-Wan Kenobi dos novos filmes de Star Wars, que aqui também se torna um Jedi), e chega até os ótimos Jeff Bridges (impagável como o líder hippie do exército) e o sério e forte Kevin Spacey como o “vilão” da história. Esses dois últimos não aparecem tanto, mas contribuem de forma precisa para o filme.

Os Homens Que Encaravam Cabras se transforma então em um dos bons momentos do gênero da comédia dos últimos anos, e faz isso sem apelar ou sem se utilizar de elementos bobos ou que acabam denegrindo o gênero e o aproximando cada vez mais ou do besteirol ou da comédia romântica. Assim sendo, vale muito pena acompanhar esta fita, até porque, o filme é curto, bem leve e passa rápido que é uma barbaridade, e se você não rola no chão de rir, ou se as gargalhadas possuem um pequeno intervalo entre si, não é motivo para problemas, já que o grande trunfo desta fita é sua originalidade e sua incrível capacidade de criar um humor que tem uma pitada de negro e uma grande porção de inteligência. Uma grande comédia que consegue escapar dos clichês do gênero e do senso comum, e assim se torna um diferencial, mesmo sem grandes objetivos ou aspirações.


NOTA:  8,5

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