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terça-feira, 25 de maio de 2010

A SÉTIMA VÍTIMA


Ficha Técnica

Título Original:Darkness
Gênero:Terror
Duração:102 min
Ano De Lançamento:2002
Estúdio:Dimension Films / Vía Digital / Fantastic Factory / Castelao Producciones S.A.
Distribuidora:Dimension Films / 20th Century Fox Film Corporation / Europa Filmes
Direção: Jaume Balagueró
Roteiro:Jaume Balagueró, Fernando de Felipe e Miguel Tejada-Flores
Produção:Julio Fernández e Brian Yuzna
Música:Carles Cases
Fotografia:Xavi Giménez
Figurino:Eva Arretxe
Edição:Luis de la Madrid
Efeitos Especiais:Filmtel S.A.


Elenco

Anna Paquin (Regina)
Lena Olin (Maria)
Iain Glen (Mark)
Giancarlo Giannini (Albert Rua)
Fele Martínez (Carlos)
Stephan Enquist (Paul)
Fermín Reixach (Villalobos)
Francesc Pagés (Motorista)
Craig Stevenson (Eletricista)


Sinopse

Quarenta anos atrás, um ser que vive nas trevas foi invocado em uma casa, que foi abandonada em seguida. Este ser permaneceu vivendo de forma oculta, fazendo planos e aguardando que novos moradores se mudassem para lá. Décadas se passaram, até que uma família se muda para o local.



CRÍTICA


A receita de A Sétima Vítima é até certo ponto bem simples: Junte um clima obscuro, fincado em bases clássicas de filmes de horror, um amontoado de clichês de filmes que envolvem casas assombradas e com passado tenebroso, um fenômeno natural para finalizar a ação e uma reviravolta gritante no final. Depois disso, você leitor deve estar com a seguinte pergunta na cabeça: Estamos então diante de mais um filme de terror comum, entre os vários fabricados nos anos 2000? E a resposta é simples: Sim, estamos.

O diretor Jaume Balagueró não se preocupou em nenhum momento em desviar dos clichês do gênero. Tudo está ali, os sustos comuns em vidros, fotografias, passagens de sombra, embaixo da cama, nas paredes; nem mesmo na questão dos cômodos escondidos ele pensou em escapar. A direção e a fotografia, assim como a direção de arte, seguem a risca a deixa dada pelos filmes de terror ao longo dos anos. Closes para mostrar algo, com o movimento do ator ou mesmo da câmera, aparições relâmpagos nas sombras, realizadas por um trabalho veloz de edição e de efeitos especiais; maquiagem escura e revelando ferimentos clichês nos fantasmas, ou seja, nada eu você já não tenha visto anteriormente.

O roteiro, assim como todo o resto, segue a linha comum, não destoa em nenhum momento, e vai batendo os clichês no rosto do espectador, e em alguns momentos tentam até enganá-lo, o que me parece difícil de acontecer. Temos rituais, pessoas da família envolvidas nas mortes, uma história trágica, e uma tentativa estranha de explicar o objetivo do ritual: “Voltarmos a como éramos antigamente, caos e destruição”; simples assim, já que o roteiro não adentra neste ponto e ficamos com uma baita interrogação na cabeça, não se sabe quem eram os outros envolvidos, nem nada do tipo, o que deixa o roteiro com buracos enormes e com uma pergunta clara na cabeça: Seriam esses médicos, insanos hobbesianos que elevaram a teoria antropológica do mesmo ao extremo? Isso é algo que acredito que jamais saberemos.

O elenco em primeiro momento pode até criar alguma expectativa, pois temos a vencedora mirim do Oscar Anna Paquin e a competente e esforçada Lena Olin, porém elas não ajudam muito também não. Paquin continua com a cara de menina sofrida que adquiriu em basicamente todas as interpretações pós O Piano, além do fato de o roteiro ter transformado sua personagem em uma mulher madura demais, que definitivamente não competia nem com sua personagem normal de filha do casal e nem com sua atuação. Olin representava a mãe com vida corrida, de certo modo ausente e meio neurótica, e em vários momentos ela até consegue convencer, mas não passa de uma atuação burocrática. Vale só o comentário da semelhança de Iain Glen com o falecido Christopher Reeve, o eterno Super-Homem (semelhança física).

Nem mesmo a tentativa de criar um final intrigante e imprevisível salva este terror/suspense. Eu até gostei da reviravolta no fim, mas admito que é pura interpretação, e que depende da particularidade de cada um. Em suma, temos um final interessante para um filme clichê e que escorrega em quase todas as partes, sendo assim, não dá pra salvar muita coisa não, o que fez com que esta fita se tornasse até certa decepção.


NOTA: 4,0

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