ENCONTRE AQUI

sábado, 14 de novembro de 2009

O PAGADOR DE PROMESSAS



Ficha Técnica

Título Original:O Pagador de Promessas
Gênero:Drama
Duração:95 min.
Ano de Lançamento:1962
Estúdio:Cinedistri / Produções Francisco de Castro
Distribuidora:Lionex Films Inc. / Embrafilme
Direção: Anselmo Duarte
Roteiro:Anselmo Duarte, baseado em peça teatral de Dias Gomes
Produção:Francisco de Castro e Oswaldo Massaini
Música:Gabriel Migliori
Fotografia:H.E. Fowle
Direção de arte:José Teixeira de Araújo
Edição:Carlos Coimbra


Elenco

Leonardo Villar (Zé do Burro)
Norma Bengell (Marli)
Glória Menezes (Rosa)
Dionísio Azevedo (Padre Olavo)
Geraldo Del Rey (Bonitão)
Roberto Ferreira (Dedé)
Othon Bastos (Repórter)
Maria Conceição (Tia)
Antônio Pitanga (Coca)
Canjiquinha
João Desordi (Detetive)
Américo Coimbra


Sinopse

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com oc afetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou a Palma de Ouro, no Festival de Cannes.



CRÍTICA



Todo mundo sabe que eu não sou um grande fã do cinema nacional, muito pelo contrário, sou na verdade um grande crítico, pois acredito faltar ao cinema nacional uma ambição, que torna a frieza e mesmice dos filmes algo imperdoável. Entretanto, admito que existam algumas pouquíssimas exceções a esta regra, e aí sim, os brazucas até conseguem produzir alguns bons filmes. Decidi então, para fazer aparecer pela primeira vez no blog um filme nacional, lhes escrever sobre aquele que acredito ser o melhor dos petardos nacionais quando o assunto é a produção de filmes.

Me lembro de ter assistido a este filme no colegial, e assim como faço com qualquer filme nacional, já "torci o nariz" quando soube de sua origem, todavia, eis que sou pego de surpresa e me deparo com um filme muito bom, e que vai contra a minha grande crítica ao cinema nacional: O Pagador De Promessas tem ambição.

Eu concordo com alguns críticos de que o filme possui alguns defeitos, entre eles o fato de a produção ser bem fraca, algumas atuações não se encaixarem muito bem e que a direção do recém-falecido Anselmo Duarte é bem nula e instável, agora o ponto central do filme e o que o transforma em um clássico não tem nada a ver com o aparato técnico que o envolve, já que este realmente é fraco.

O Pagador De Promessas, é crítico e direto, sem parecer exagerado e sem se envolver em um "brasileirismo" que atinge a alguns e deixa outros totalmente de fora. O filme acaba representando todo tipo de pessoa, desde o sertanejo simples, a pessoas curiosas, aproveitadoras, compreensíveis, hipócritas e ignorantes, vemos uma miscelânea de características, enquanto que a história simples de um homem que quer pagar a promessa, pois seu burro foi salvo, entrando em uma igreja carregando uma cruz, não se cumpre.

Logicamente, que o alvo de Anselmo era bem mais uma crítica a igreja e ao sensacionalismo desnecessário (se é que esta expressão não acaba como um pleonasmo) que algumas situações totalmente simples de se resolver, podem gerar única e exclusivamente pelo exagerado, pela ignorância, e pelo modo absurdo como algumas pessoas levam e se portam em determinadas situações.

Não há como negar, O Pagador De Promessas é um dos grandes do cinema nacional, um clássico obrigatório, que o destaca entre os poucos filmes nacionais que vale seu dinheiro e seu tempo, e com certeza um dos poucos filmes nacionais que ocuparia um lugar na sessão Para Ver aqui no blog.

NOTA: 9,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário