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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO



Ficha Técnica

Título Original:The Boy in the Stripped Pyjamas
Gênero:Drama
Duração:94 min.
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.boyinthestripedpajamas.com/
Estúdio:BBC Films / Miramax Films / Heyday Films
Distribuidora:Miramax Films / Buena Vista International
Direção: Mark Herman
Roteiro:Mark Herman, baseado em livro de John Boyne
Produção:David Heyman
Música:James Horner
Fotografia:Benoît Delhomme
Direção De Arte:Mónica Esztán, Rod McLean, Razvan Radu e Szilvia Ritter
Figurino:Natalie Ward
Edição:Michael Ellis


Elenco

Asa Butterfield (Bruno)
Zac Mattoon O'Brien (Leon)
Domonkos Németh (Martin)
Henry Kingsmill (Karl)
Vera Farmiga (Mãe)
David Thewlis (Pai)
Cara Horgan (Maria)
Amber Beattie (Gretel)
László Áron (Lars)
Béla Fesztbaum (Schultz)
Attila Egyed (Heinz)
Rupert Friend (Tenente Kotler)
David Hayman (Pavel)
Jack Scanlon (Schmuel)
László Nádasi (Isaak)


Sinopse

Alemanha, 2ª Guerra Mundial. Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista que assume um cargo em um campo de concentração. Isto faz com que sua família deixe Berlim e se mude para uma área desolada, onde não há muito o que fazer para uma criança de sua idade. Ao explorar o local ele conhece Shmuel (Jack Scanlon), um garoto aproximadamente de sua idade que sempre está com um pijama listrado e do outro lado de uma cerca eletrificada. Bruno passa a visitá-lo frequentemente, surgindo entre eles uma amizade.



CRÍTICA


Muito legal quando um filme de surpreende de maneira positiva, pena que isso acontece cada vez menos, entretanto acontece, e estamos diante de um caso desses, já que O Menino Do Pijama Listrado é realmente um filme muito bonito e tocante, sem ser meloso e por que não dizer idiota.

O cenário é o já conhecido e explorado nazismo na época da Segunda Guerra Mundial, e é lógico que O Menino Do Pijama Listrado não é o melhor filme sobre o tema, e nem mesmo é o melhor quando envolve-se crianças e coisas do tipo, já que nesse quesito (apesar de diferentes), O Tambor parece imbatível. Além disso, a fita possui algumas falhas, afinal , por menor que fosse o campo de concentração, a vigilância ferrenha que estes possuíam jamais permitiriam as visitas e a manutenção da amizade entre os dois, mas esta não me parece ser a questão central.

A verdade, é que O Menino Do Pijama Listrado, trabalha o tempo inteiro com a luta entre a visão pessoal e a verdadeira realidade, seja com a amizade dos meninos, seja com a fissura que a menina incorpora por Hitler, ou mesmo nas relações entre marido e mulher e destes para com o movimento e seus filhos. Tudo gira em torno do " o que eu acredito, ou interpreto" contra " o que realmente é". Quase que uma luta entre o bem e o mal, um dualismo entre ficção e realidade, que tem seu auge principalmente na visão que o Bruno, o menino alemão tem do campo de concentração e da idéia dele sobre o velho judeu que trabalha em sua casa.

Tecnicamente falando, o filme é muito bem conduzido pelo diretor Mark Herman (que eu particularmente não conhecia, ou pelo menos não me lembro de imediato de nenhum outro filme dele), e o roteiro é muito bem escrito, todavia, eu não li o livro em que se baseou a fita, então não vou tentar adentrar muito neste âmbito. Gosto da fotografia, com tons claros, que de certo modo inovam, já que em filmes sobre nazismo normalmente a fotografia tenta chocar mais, enquanto esta parece querer brilhar ou coisa do tipo. As atuações são interessantes,e o menino Jack Scanlon me agrada muito no papel do judeu Schmuel, já que seu personagem me parece ser ujma síntese entre essa luta da inocência com a realidade, já que ele possui um pouco dos dois.

O filme é realmente bonito, emocionante e devido ao seu final no meu ponto de vista surpreendente e de excessiva, porém encaixada carga dramática, o Menino Do Pijama Listrado se torna uma das boas opções de cinema que chegaram às nossas mãos nos últimos anos, já que a fita desperta sensações, cria condutas e instiga reflexões, coisa muita rara em uma fita hoje, e mesmo tratando de uma tema já saturado pela sétima arte, o filme consegue ter lá sua dose de originalidade, o que só aumenta seus méritos.

NOTA: 8,5

2 comentários: