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segunda-feira, 19 de julho de 2010

OS PRODUTORES


Ficha Técnica

Título Original:The Producers
Gênero:Musical
Duração:134 min
Ano De Lançamento:2005
Site Oficial:http://www.theproducersmovie.com/
Estúdio:Universal Pictures / Steiner Studios / Brooksfilms / Brooklyn Navy Yard
Distribuidora:Universal Pictures / Columbia Pictures
Direção: Susan Stroman
Roteiro:Mel Brooks e Thomas Meehan, baseados em roteiro de Mel Brooks e adaptação teatral de Mel Brooks e Thomas Meehan
Produção:Mel Brooks e Jonathan Sanger
Fotografia:John Bailey e Charles Minsky
Direção De Arte:Peter Rogness
Figurino:William Ivey Long
Edição:Steven Weinsberg


Elenco

Nathan Lane (Max Bialystock)
Matthew Broderick (Leo Bloom)
Uma Thurman (Ulla)
Will Ferrell (Franz Liebkind)
Roger Bart (Carmen Ghia)
Gary Beach (Roger De Bris)
Jason Antoon (Jason Green)
Fred Applegate (Sargento O'Toole)
Jim Borstelmann (Donald Dinsmore)
Kathy Fitzgerald (Shirley Markowitz)
Jon Lovitz (Sr. Marks)
Riley G. Matthews Jr. (Bailiff)
Jerry Richardson (Oficial O'Reilly)
Mel Brooks


Sinopse

Max Bialystock (Nathan Lane) é um produtor teatral astuto, que tem Leo Bloom (Matthew Broderick) como contador. Um dia Leo surge com o plano perfeito para conseguir muito dinheiro: arrecadar muito mais do que o necessário para produzir um show para a Broadway, que seja de antemão um fracasso garantido. A idéia é que, por ser um fracasso, ninguém espere receber algo, o que permitiria que Max e Leo embolsassem a diferença. A dupla segue o plano, iniciando a busca pela pior peça teatral já escrita. A escolhida é o musical "Primavera para Hitler", escrito por Franz Liebkind (Will Ferrell), que é produzida. Mas, para a surpresa de Max e Leo, a peça se torna um estrondoso sucesso.


Premiações

- Recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Filme - Comédia/Musical, Melhor Ator - Comédia/Musical (Nathan Lane), Melhor Ator Coadjuvante (Will Ferrell) e Melhor Canção Original (""There's Nothing Like a Show on Broadway").



CRÍTICA


Em 1968, o gênio Mel Brooks filmava e mostrava ao mundo uma obra-prima chamada Primavera Para Hitler, mal ele sabia que esta obra lhe daria um Oscar e que muitos anos depois, este Oscar se transformaria em 12 prêmios Tony, devido ao musical da Broadway Os Produtores, que é a adaptação de Primavera Para Hitler. Assim sendo, este Os Produtores, filmado para o cinema é uma adaptação direta do musical da Broadway e uma adaptação indireta de Primavera Para Hitler (já comentada aqui no blog anteriormente).

Vale lembrar que a obra de 1968 era basicamente uma comédia com alguns números musicais, como já é de praxe nas obras de Brooks, mas não se tratava puramente de um musical, no que condiz ao conceito clássico do gênero. Todavia, a obra de 2005, é um musical do mais puro conceito do gênero, ou seja, músicas para todos os lados, e personagens dançando no meio da multidão e coisas do tipo.

Logicamente, que não estamos aqui, diante de uma adaptação no mesmo nível da obra de 1968, porém, no âmbito das adaptações e refilmagens, Os Produtores consegue não se sair tão mal, e se não consegue se igualar ao clássico Primavera Par Hitler, pelo menos se torna uma boa diversão e um bom musical, algo extremamente raro na primeira década dos anos 2000.

A originalidade do roteiro, e a piada geral que a situação cria, ainda são os grandes trunfos deste trabalho que perpassou o tempo, e que pouco foi igualado, no que diz respeito ao que analisamos neste parágrafo em específico. Os momentos e considerações casuísticas são hilários, e é impossível não se envolver no trabalho de dois pseudo-picaretas, por assim dizer. Brooks ajudou na produção e logicamente no roteiro, mostrando que onde está sua mão, a coisa anda e muito bem. A direção de Susan Stroman foca a tentativa de criação de um teatro na telona mesmo, e deixa claro a todo o momento que a intenção primordial é a criação de um show e não basicamente de um filme, o que faz com que a mesma exagere em alguns momentos; exagero que também pode ser encontrado um pouco no trabalho de direção de arte e maquiagem (ao contrário do figurino que está excelente), e na atuação de Uma Thurman, que não está bem em seu papel e não se sente a vontade na criação da personagem, além de não cantar muito bem. Por outro lado, o restante do elenco está ótimo; Nathan Lane e Matthew Broderick seguram bem a barra, e se não ultrapassam Wilder e Mostel da versão original, fazem bem seu papel, cantam com simplicidade e seriedade e interpretam de forma vibrante. Ferrell está hilário como o nazista escritor da peça, e Gary Beach estão muito bem como o diretor gay da peça.

Como último ponto a ser analisado, como todo bom musical, a trilha sonora tem que ser impecável, e se temos algumas músicas não muito vibrantes, canções como We Can Do It, I Wanna Be A Producer, Keep It Gay e a já clássica Spring Time For Hitler mostram que a coisa foi bem feita, afinal é impossível não rir ou até mesmo não arriscar alguns pedacinhos das canções, que é o que caracteriza um bom trabalho de composição deste tipo de fita.

É claro, que o original de Brooks é melhor, mas seria uma grande injustiça ficarmos apenas no campo da comparação, já que se Primavera Para Hitler é uma obra genial, e passou muito bem seu recado, podemos dizer que, de forma eficiente e sincera, Os Produtores fez a mesma coisa, porém sem o atributo na genialidade, o que venhamos e convenhamos não é pra qualquer um.


NOTA: 8,0

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